LUGARES TEMPLÁRIOS EM PORTUGAL
Portugal é um país privilegiado para quem quer saber mais sobre os Templários.
Os Pobres Cavaleiros de Cristo devotados à defesa dos lugares santos da Palestina e à protecção dos peregrinos nos perigosos caminhos entre o porto de Acre e Jerusalém teve como origem um grupo de nove cavaleiros. Há quem afirme que o português Arnaldo da Rocha faria parte desse grupo de homens.
Milícia fundada, em 1119, por Hugo de Payens e reconhecida como Ordem com Regra, no Concílio de Troyes, em 1128, assumiram um papel fundamental na Península Ibérica, e em particular em Portugal. O papel militar que assumiram nas campanhas de reconquista dos territórios aos mouros, assim como, a sua conduta associada à propagação da fé cristã foi reconhecida e recompensada pelos Reis Portugueses: doações de terras; isenção de impostos e jurisdição especial.
A sua perseguição e extinção enquanto Templários, na França, levou-os a procurar refúgio e segurança noutras paragens. Portugal foi um porto seguro e, da Ordem Templária nasceria a Ordem de Cristo, pela acção do Rei D. Dinis.
O conhecimento; a riqueza; a inovação, no que diz respeito à arquitectura militar e mística que lhes está associada não deixam ninguém indiferente.
Portugal é um país com alma Templária e os vestígios da sua presença espalharam-se pelo nosso país através dos tempos.



Locais a visitar

1.º Dia - Braga. Guimarães
Começaremos pelas 9 horas e 30 minutos. Parece-lhe bem ou prefere ajustar? A escolha é sua.
Braga assume-se como uma cidade de clara importância na fixação da Ordem dos Templários, em Portugal.
Na verdade, os Templários podem ter chegado ao norte do Condado Portucalense – como era originalmente chamado o território português com diferente configuração geográfica da dos dias de hoje - nos inícios da década de 20, do século 12.
Nesta cidade é sabido que os "Militibus Templi Salomonis" compram diversas propriedades, havendo uma clara intenção de fixação para uma maior estabilidade dos freires Templários. Os primeiros vestígios apontam para a compra de propriedades e não doações, na medida em que a sua identidade e fama associada às Cruzadas ainda não era a suficiente para que a Família Condal, lhes atribuísse tal mérito; assim como, o seu reconhecimento estatutário internacional, também não estava consumado.
Braga foi então a opção mais viável, neste período, pois decorria a afirmação de Santiago de Compostela com as peregrinações; o crescimento do Condado Portucalense e a fixação de outras Ordens nesta cidade, como os Hospitalários.
Mas não só de templários se faz a visita a Braga. Aqui, encontremos a Sé mais antiga do país, e nela, os túmulos da Família Condal (Conde Dom Henrique e Dona Teresa, tão importantes para a fixação templária no nosso país). encantam-nos, também, as floridas Avenidas Central e da Liberdade; o Palácio do Raio, com a sua fachada de azulejo azul intenso. Assim como, todo o seu centro histórico que nos faz viajar, por vezes, ao período do Império Romano.
Se o tempo, assim o permitir, a visita a Braga, terminará, com o Bom Jesus de Braga onde poderá desfrutar de uma ampla vista sobre esta capital da região do Minho e sobre as serras circundantes.
No período da tarde, visitaremos a icónica cidade de Guimarães.
Em Guimarães apresentamos-lhe a cidade berço da nação portuguesa. As praças do centro histórico – praça da Oliveira e praça de Santiago - ladeadas por fachadas que lembram os tempos medievais e onde uma bebida servirá para retemperar as forças e o espírito dos nossos visitantes.
Subiremos até à parte mais alta, onde se encontra o Castelo de Guimarães – com origem nas ordens da famosa Condessa Mumadona para que se erguesse uma fortaleza para proteger os monges que habitavam, um Mosteiro próximo; e mais tarde, com os pais do primeiro Rei de Portugal, se tornasse residência e aqui nascesse Afonso Henriques. Junto ao Castelo, a Igreja São Miguel do Castelo, onde o primeiro Rei de Portugal terá sido batizado; o Paço dos Duques de Bragança – casa senhorial do século 15, com as suas coleções de porcelanas da Companhia das Índias, entre outras raridades.
Mas para tirarmos o máximo de proveito desta cidade classificada pela UNESCO como Património Mundial não podemos esquecer a alma templária deste Roteiro.
Já com doação feita pela Família Condal Portucalense, em 1128, do Castelo de Soure, os Templários estariam muito próximos de ver aprovadas, as normas escritas por São Bernardo de Claraval, e aprovadas no Concílio de Troyes, no que respeita à sua identidade enquanto Ordem Militar e Religiosa.
A dormida terá lugar por aqui, na cidade de Guimarães.

2.º Dia - Santa Maria da Feira. Coimbra
O Castelo de Santa Maria da Feira é um dos mais emblemáticos castelos portugueses, quer pela sua arquitectura, quer pela estrutura, claramente militar.
No processo de construção da nacionalidade portuguesa e expansão territorial, este castelo teve uma grande importância e foi fundamental para que se preparasse a vitória de Afonso Henriques, na Batalha de São Mamede, em 1128, contra o exército de sua mãe, Dona Teresa. A Condessa fiel à sua ancestral família leonesa perdeu a batalha, e assim, determinou o futuro de Afonso Henriques como primeiro Rei de Portugal.
Destacam-se, por aqui, a Capela e da Torre de Menagem mas são os seus corredores que fazem denotar a presença templária.
Neste período da História de Portugal, os Templários assumem grande importância e íntima ligação ao primeiro Rei de Portugal. Acompanharam, desde as primeiras batalhas, o Rei português.
Gualdim Pais havia sido escudeiro de Afonso Henriques e por ele foi feito Cavaleiro após a épica Batalha de Ourique contra os Mouros, 1139. Após a sua vinda da Terra Santa - onde combateu por 5 anos - foi tornado o primeiro Mestre provincial da Ordem do Templo, de origem portuguesa.
Coimbra, dezembro de 1185. Quando o Rei Afonso Henriques morre e são feitas as exéquias fúnebres é o Mestre Gualdim Pais e os Templários que lhe prestam honra maior, no Mosteiro de Santa Cruz. Tinham-no acompanhado, em vida, numa missão gloriosa: os primórdios da construção da nacionalidade portuguesa e expansão do território para sul, feito à custa do sangue perdido no processo de Reconquista Cristã mas em batalhas vitoriosas contra os muçulmanos.
Coimbra é também a Cidade do Conhecimento portuguesa - é, assim, conhecida desde a Idade Média.
Banhada pelo rio Mondego é famosa pelas suas Universidade e Biblioteca Joanina; os estudantes com as suas capas negras e serenatas; o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra - onde repousa o primeiro Rei de Portugal, Afonso Henriques; a Sé Nova; a Sé Velha e o centro histórico.
A UNESCO classificou, nesta cidade, a Universidade de Coimbra - a mais antiga de Portugal [1290] e uma das mais antigas na Europa; a Biblioteca Joanina e a Alta de Coimbra; assim como a Rua da Sofia, em 2013.
A noite será passada em Coimbra.

3.º Dia - Penela. Tomar
Quem chega a Penela não fica indiferente ao Castelo que ali se apresenta altaneiro. De planta muito irregular, adaptada ao terreno, onde foi edificado, o Castelo de Penela teve grande relevância na defesa da região, em pleno processo de reconquista Cristã, pois esta era uma área de muitos avanços e recuos nas batalhas entre cristãos e muçulmanos, na Idade Média.
Eis-nos chegados a Tomar.
A cidade de Tomar convida a um passeio pelas margens do Rio Nabão; uma bebida, numa das ruas e praças, com fachadas de azulejos ou Arte Nova; ou ainda, um passeio pela medieval Judiaria, com uma das mais bem preservadas Sinagogas seiscentistas. Mas o que mais pulsa nesta cidade é a herança dos Templários.
Será no Convento de Cristo que encontraremos as preciosidades da Ordem dos Templários - como a Igreja Templária, de formato octogonal designada por “Charola”; memórias da Ordem de Cristo que terá sido pela prudência e mestria do Rei Dom Dinis a conversão dos Templários em nova Ordem, inspirada no seu nome primitivo Milícia de Nosso Senhor Jesus Cristo - aquando da perseguição e extinção da Ordem dos Templários, por ordem de Filipe 'O Belo'; da Era Henriquina e Descobertas Marítimas Portuguesas; no seu expoente máximo, a Arte Manuelina; a especificidade da arquitectura renascentista portuguesa e, ainda, os traços maneiristas e barrocos deste conjunto arquitetónico.
O Convento da Ordem de Cristo e o Castelo Templário formam um conjunto monumental único. Foi classificado pela UNESCO como Património Mundial em 1983. Acrescente-se, ainda, uma visita à Igreja de Santa Maria do Olival - mandada construir pelo Mestre Gualdim Pais, no século 12 e tornada Panteão da Ordem Templária. Em frente, a Santa Maria do Olival, encontramos uma torre de planta quadrangular que se julga ter tido, na Idade Média, um túnel que ligava a Igreja ao Castelo Templário de Tomar. Numa das praças principais, a estátua de Gualdim Pais, em frente à Igreja de São João Baptista.
Este tour apresenta-lhe o papel das Ordens Militares e Religiosas na criação do Reino de Portugal e a sua importância durante o período das descobertas marítimas. Mas, também se levanta o véu sobre o secretismo de algumas delas e a sua mística através dos elementos decorativos do Convento de Cristo.
As próximas 2 noites serão passadas em Tomar, em hotel da sua escolha.

4.º Dia - Tomar. Almourol
Manhã livre em Tomar.
No período da tarde visitaremos o Castelo de Almourol - um dos monumentos mais emblemáticos da Reconquista Cristã.
No meio do Rio Tejo, numa pequena ilha. A travessia faz-se num pitoresco e tradicional barco de madeira. Poucos minutos mas os suficientes para nos deixarmos envolver pela paisagem circundante.
A história deste Castelo leva-nos, uma outra vez, ao período da Reconquista do território, durante a Idade Média e que caracterizou todo o território da Península Ibérica.
Os cristãos ocuparam-no, no século 12, mas os Templários já o conheciam como Almorolan - segundo uma inscrição existente na entrada. Fazia parte da linha defensiva do território para sul.
Quando a Ordem dos Templários foi extinta, este Castelo, perdeu a sua importância original; ficou o imaginário dos homens que o associam a local onde os Templários poderiam ter depositado algum tesouro - mistério que ainda hoje prevalece mas que ninguém encontra resposta. Apenas no século 19 se recuperou a estrutura e conferiu o charme de que agora está envolto, a cada visita.
Noite em Tomar.

5.º Dia - Sintra
Último dia do nosso Roteiro Templário. Já sente saudades?
Hoje visitaremos a vila de Sintra - já bem próximo de Lisboa.
Depois de terem reconquistado Sintra aos mouros, no ano de 1147, D. Afonso Henriques entregou a guarda da vila à Ordem do Templo. Em 1157 o Rei dirigia-se ao Grão Mestre Gualdim Pais para que os Templários ficassem como os primeiros donatários de Sintra.
Há também a informação de que alguns dos edifícios da vila de Sintra, conduzem, em pisos subterrâneos a galerias de túneis associados à presença Templária.
Nesta Serra, ainda hoje, tão mística, existe uma alma templária testemunhada pela sua história e, fundamentalmente, pela espiritualidade, que lhe é associada.
Prepare-se, então, para explorar lugares onde o Homem e a Natureza, souberam conviver através dos tempos, preservando a magia deste Monte Lua.
No alto da Serra entre as fotografias do Palácio da Pena e do Castelo dos Mouros - vai respirar fundo e inspirar-se com tamanha beleza da paisagem.
A hora de almoço será no centro da vila para celebrar o final deste magnífico roteiro, com uma Queijadinha de Sintra ou a famosa Ginjinha. O charme, a mística, o pitoresco e o romantismo desta vila classificada como "Paisagem Cultural" pela UNESCO, em 1992 vão deixar-lhe inscrita na memória a palavra, tão portuguesa, "Saudade".
Preços
2 PESSOAS - 1660€ | 3 PESSOAS - 1920€ | 4 a 8 PESSOAS - 530€ por pessoa
Crianças até 12 anos - 100€
Informações complementares:
- Mínimo de 2 pessoas para realizar o roteiro.
- A duração de cada dia de passeio com visitas guiadas é de 8 horas.
Inclui
- Transporte de passageiros e bagagem em SUV ou Van, com AC
- 5 dias de passeio privado com serviço de guia em Português, Inglês ou Espanhol
- Entradas em Castelos
- 1 manhã livre e 1 tarde livre
- Garrafa de água diária /33 cl /pessoa
- Seguro de viagem
- Início e final do roteiro em Fátima, Batalha, Alcobaça, Nazaré, Leiria, Óbidos, Tomar ou Coimbra
- Início e final em Lisboa acresce 100€ (por grupo) aos preços apresentados
- Início e final em Porto acresce 150€ (por grupo) aos preços apresentados
Não Inclui
- Alojamento e refeições
- Entradas em Monumentos Nacionais ou de outra natureza, com excepção dos castelos que fazem parte das visitas guiadas
- Despesas pessoais
- Tudo aquilo que não está descrito na secção de Incluído
